Por Ana Carolina de Resende, em 29.11.2017.
Bi
Há um ano por volta das 17h00 à bolsa estourava em um salão de belezas onde fui me preparar para sua chegada. Nos meus pensamentos você viria à próxima semana. Quanta água… Eu pensava: “como diz a Cris (querida enfermeira obstetra que Tanta bagagem nos trouxe em seus cursos para gestante) esta tudo certo, o líquido esta transparente, preciso ir para casa e ligar para o Alan”.
Sim eu estava em paz focada em nós. Empoderada de amor eu fui dirigindo até em casa onde liguei para seu papai, a trabalho nada mais nada menos em: Taquarussu. __ “Amor a bolsa estourou, não estou nervosa somente emocionada, vou ligar para minha mãe vir até você chegar, fica calmo e não venha correndo”. Tomei um banho, coloquei um vestido, fechei a mala e chegando ao elevador seu pai já estava lá rsrs milagrosamente transcendeu Taquarussu para cá.
Infelizmente não tivemos um parto natural como desejado durante as 38 semanas, porém devemos aceitar e agradecer o que nos foi posto. Na sala ao preparar para cesariana vieram as contrações e eu me esforçava para manter a calma e aceitar a forma que você viria. Durou pouco mais de 20 minutos, pois logo chegou o anestesista.
Às 20h30 conhecemos o seu rostinho, formado por uma boquinha vermelha e muito mais muito cabelo, liso e pretinho (minha branca de neve estava ali em meus braços). Emoção ao vê-la mamar assim que nasceu tão pertinho…
O barrigão deu lugar ao meu pacote de amor foi ali que a conheci, ou melhor, eu imaginei conhecer você nestes meses de gestação, porém, foi na volta para casa e com os dias que nos conhecemos. A cada mamada, a cada toque e troca de carinho. Seios enchendo, papai ordenhando, Lupinho por perto. Minha bela adormecida no primeiro mês sufocava com a quantidade de leite. Em casa ficamos ali nós: eu, você, seu papai e Lupe. Juntos prontos aos desafios, após cursos, leituras, vontade e muito amor abrimos a porta da vida para receber você.
Lá se foi o primeiro mês, onde ouvíamos: “essa menina só dorme?” Sim ela dorme pela graça de Deus!
Com o segundo mês vieram as cólicas, sempre à noite, por volta das 19h00, muito choro, banhos, ofurô, massagens e você padecida da dor. Junto a isso você ficou dodói e precisou ser internada, foi ali com seu pai no leito de um hospital que eu conheci a força no momento mais difícil da minha vida até hoje, foi quando Deus me mostrou o quanto somos amor e força, ou melhor, quanto o amor nos dá força. A avalanche do ser pais nos dominou. Ao voltar para casa com você fomos gratidão e com uma semana você já estava recuperada.
Aos seis meses viajamos, você conheceu o mar e descansamos.
O tempo foi passando… mamãe voltou ao trabalho, você foi ao berçário.
Assim aprendemos a nos distanciar por algumas horas, esperar o tempo para voltar a estarmos juntas.
Você ganhou amiguinhos e teve introdução de outros alimentos que não o leitinho da mamãe.
Aos nove meses você engatinhou para todos os lados e subiu com apoio. Amou rastejar como uma cobrinha. Ficava de pé no berço, dando gritinhos e muitas gargalhadas.
Aos dez meses para onze você andou com apoio e comia muito bem.
Aos onze meses você balbucia muito, faz sinal de tchau com as mãos e “não não” com a cabeça, bate muitas palminhas, chama por nós, fala por diversas vezes (“me dá”), desce da cama e continua caminhando com apoio.
Passamos por febres, vômitos, viroses. Sorrisos, gritos e sustos e a cada dia uma descoberta.
No decorrer destes 12 meses fomos fazendo testes e nos adequando, vendo o que era melhor para você, para nós. Não durmo mais após o almoço e não tenho tanto tempo para algumas coisas. Hoje eu e seu papai somos mais. Neste um ano aprendemos a esperar, silenciar e te amar.
Feliz aniversário amorzinho!
Lindo amiga, texto emocionante. Assim mesmo um ano já, por quantas coisas se passam, se sofre, se ama. Beijão
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Oi amiga. Obrigada pelo carinho de sempre. Por estar aqui lendo os meus textos.
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